26.11.06

Num mundo de palavras, sem palavras

Num mundo de palavras, sem palavras,
o repetir do ruído que grita lá fora,
a violência com que me assedia
é
por fim, o silêncio.

Num mundo de palavras, sem palavras,
o rumor dos dias, no percurso assombrado,
na vaga da melancolia
é
por fim, o silêncio.

Num mundo de palavras, sem palavras,
o assobio do ar (que és tu a passar),
que atravessa o mar do coração
é
por fim, o silêncio.

E quando o mundo me fala
Quando as vozes, os gritos e os murmúrios
parecem arrancar-me da vida,
viro-me para dentro, olho para ti e
és
por fim, o silêncio.

No comments: